"Era expectável a minha eleição", diz José Faria
O jurista, recém eleito eurodeputado na lista de Marinho e Pinto disse ao DN que não ficou surpreendido por o partido do trevo ter conseguido eleger dois eurodeputados.
"Era expectável apesar de a comunicação social não ter sido muito favorável à candidatura de Marinho e Pinto durante a pré-campanha e campanha eleitoral. Mesmo assim, e apesar dos fracos meios, cobrimos o país inteiro espalhando uma nova mensagem de esperança. E o eleitorado foi recetivo. Se tivéssemos mais cobertura mediática, se não tivéssemos tido este bloqueio por parte da comunicação social, pode ter a certeza que os resultados teriam sido maiores e a abstenção muito menor", disse. O jurista mostrou-se, sim, surpreendido com a elevada taxa de abstenção. A maior de sempre. E tem uma justificação.
"O povo está cansado e não é estúpido. Sabe o que quer. E deixou de acreditar nos partidos políticos. Tenho-me cruzado com abstencionistas que me têm dito: 'ai se soubéssemos que o dr. Marinho e Pinto era candidato tínhamos ido votar'".
José Inácio Faria será agora liderado por um independente, Marinho e Pinto "um homem de esquerda. O partido da Terra é um partido ecologista e ambientalista que engloba militantes e simpatizantes provenientes da esquerda e da direita tradicional, uma dicotomia que eu considero ultrapassada", referiu.
O eurodeputado do partido fundado por Gonçalo Ribeiro-Telles em 1993, acha que pode acontecer, a partir de agora, uma "corrida" de candidatos a militantes ao MPT mas, "tendo em conta o passado soubemos sempre ajustarmos às condições existentes em cada momento e penso que saberemos lidar com a atual situação e futuramente com o que poderá acontecer", sublinhou.